Quase duas décadas após sua aposentadoria dos campos, Pelé tornou-se ministro dos Esportes do Brasil. Ele ocupou essa posição de janeiro de 1995 a maio de 1998, durante o primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2001). Um dos principais feitos do tricampeão no âmbito político foi a criação da lei nº 9.615, também conhecida como Lei Pelé. Essa legislação foi sancionada em março de 1998 e estabeleceu novas regras para o esporte no país.
A Lei Pelé é notória por ter reformulado a legislação sobre a transferência de jogadores de futebol. Antes dessa lei, os clubes detinham os contratos dos atletas, conhecidos como “passe”. O “passe” vinculava o jogador ao clube mesmo após o término do contrato de trabalho, impedindo que os atletas se transferissem para outros times sem a autorização dos clubes, mesmo após o término do contrato. A nova lei também determinou que os clubes (ou seus departamentos de esporte profissional) se tornassem empresas. Além disso, a legislação concedeu independência à Justiça Desportiva, que anteriormente estava vinculada às federações, e estabeleceu várias outras medidas.
O ministério foi extinto em 1º de janeiro de 2019, durante o governo Bolsonaro, e incorporado ao Ministério da Cidadania. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que planeja recriar o ministério assim que assumir o governo em 1º de janeiro de 2023, tendo a ex-voleibolista Ana Moser como responsável pela pasta.